Dez anos
após a criação do Estatuto do Idoso (10.741/03), cerca de 80% dos direitos e
garantias previstos no texto ainda não são realidade para os brasileiros com
idade superior a 65 anos – cerca de 14,9 milhões pessoas (7,4% da população
nacional).
A
afirmação é da presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa
Idosa do Rio de Janeiro, Sandra Rabello. “É possível transformar a realidade do
idoso com 118 artigos? Faço esse questionamento para descobrirmos até que ponto
avançamos e o que ainda precisamos fazer”, disse a dirigente, segundo a qual
ainda não se pode discutir a qualidade de vida da pessoa idosa no Brasil. “No
geral, verificamos desrespeito nos estacionamentos, no acesso a caixas
eletrônicos, no transporte público. E, mais grave ainda, convivemos com a falta
de punição para aqueles que praticam algum tipo de violência contra o idoso”,
completou Sandra.
Para
Sandra Rabello, apesar de a figura do cuidador não estar prevista no estatuto
do idoso, a demanda gerada pelo crescimento dessa parcela da população foi
automaticamente criando espaço para a atuação desse trabalhador. “Já existe uma
proposta (PL 4702/12) no Congresso e o que estamos pleiteando é a
regulamentação dessa atividade, a fim de assegurar, sobretudo, a formação e a
qualificação do profissional”, sustentou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário