terça-feira, 22 de abril de 2014

Processo contra Vargas é irreversível, diz Alves

Deu na coluna do Josias de Souza:
De volta de uma viagem oficial à China, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), declarou que o processo aberto no Conselho de Ética contra o deputado André Vargas (PT-PR) tornou-se “irreversível”. Será levado ao plenário mesmo que o parlamentar resolva renunciar ao seu mandato.A renúncia só seria um lenitivo para André Vargas se ele a tivesse formalizado antes da instauração do processo, explicou Henrique. O Conselho de Ética já nomeou inclusive um relator para o caso, o deputado Júlio Delgado (PSB-MG). “Na hora que se instaurou, o processo passou a ser irreversível”, enfatizou o presidente da Câmara. “Não há mais como reverter a situação.”Henrique disse ter comunicado sua decisão ao próprio André Vargas. Fez isso na semana passada, na quinta-feira (17), quando ainda estava do outro lado do mundo. Contou que foi acordado por um telefonema do deputado. No Brasil, os relógios marcavam 15h. Na China, eram 4h da madrugada. Ao ler o nome do colega no visor do celular, Henrique decidiu atender.“Expliquei tudo a ele”, relatou Henrique. “Depois, ainda pedi ao Mozart [Vianna, secretário-geral da Mesa da Câmara] que ligasse para o André. Ele ligou, deu as razões técnicas. Não tem mais o que fazer. Não se trata de ser simpático ou antipático com ninguém. Trata-se de respeitar a Constituição e o regimento da Câmara. Algo que, como presidente da Casa, eu tenho a obrigação de fazer.”Henrique dissolveu outra polêmica relacionada ao caso. Na semana passada, membros do Conselho de Ética disseram que uma eventual renúncia de André Vargas teria seus efeitos suspensos até que o plenário da Câmara decidisse sobre o provável pedido de cassação do seu mandato. Não é bem assim.Na visão de Henrique, “a renúncia é um ato unilateral”. Assim, disse o presidente da Câmara, “se a renúncia ocorrer, eu acatarei. E convocarei o suplente imediatamente.” Por quê? “Nao faz sentido ele renunciar, me encaminhar a renúncia e eu engavetar o documento. Se eu fizesse isso, teríamos um renunicado que não renunciou, o que não é admissível.”“O nome do André Vargas permaneceria no painel”, prosseguiiu Henrique. “Se quisesse, ele poderia continuar votando. E qualquer pessoa poderia questionar na Justiça o resultado de uma votação que tivesse a participação de um deputado que já renunciou. Insisto: não tem lógica. Se renunciar, o processo prossegue normalmente. Mas o suplente será convocado.”Quando acordo o presidente da Câmara em plena madrugada chinesa, André Vargas já havia comunicado à imprensa e ao presidente do PT, Rui Falcão, que renunciaria ao mandato. Deu meia-volta ao constatar que a fuga, por tardia, não o livraria do julgmento no plenário. Incomodados com os respingos da sangria do filiado ilustre na já combalida imagem do PT, dirigentes petistas ainda pressionam Vargas para que renuncie.Na conversa telefônica com Henrique, André Vargas repisou a tecla segundo a qual o único erro que cometeu foi o de realizar uma viagem de férias com a família num jato alugado pelo doleiro Alberto Yossef, preso na Operação Lava Jato. Disse que fará sua defesa no Conselho de Ética.Ainda que fosse verdade, a situação de André Vargas não seria simples. O aluguel do Learjet 45, presente do amigo-doleiro, custou R$ 100 mil. Pilhado, Vargas disse que pagara o combustível. Desmentido pelos fatos, alegou ter recorrido a Youssef porque as passagens em voos de carreira estavam muito caras. Faltou-lhe nexo.Para complicar, escalou a tribuna da Câmara para dizer que o favor aéreo não resultara em nenhum favor ao doleiro. De novo, os fatos se encarregaram de desdizê-lo. Mensagens de celular interceptadas pela Polícia Federal revelaram que André Vargas, então vice-presidente da Câmara, fez lobby para que o laboratório Laborgen, usado por Youssef para lavar dinheiro, obtivesse um contrato milionário no Ministério da Saúde.Nesta semana, outro deputado enroscado com o doleiro preso sera levado ao Conselho de Ética da Câmara. Chama-se Luiz Argôlo (SDD-BA). Ele também trocou mensagens com Youssef. Apalpadas pela PF, revelaram indícios de um relacionamento monetário. Envolve até a entrega de dinheiro em domicílio, no apartamento functional da Câmara. Conforme noticiado aqui, os partidos que representaram contra André Vargas planejam fazer o mesmo com Argôlo.
 

terça-feira, 15 de abril de 2014

Graça Foster cancela depoimento na Câmara e PSDB decide chamar Lobão

A presidente da Petrobras, Graça Foster, cancelou o depoimento que faria à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC) da Câmara na tarde desta terça-feira (15). No entanto, confirmou presença em audiência, durante a manhã, nas comissões de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e de Fiscalização e Controle (CMA) e na de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.
Autor do requerimento que convidou a titular da estatal a comparecer à comissão da Câmara, o líder em exercício do PSDB na Câmara, deputado Vanderlei Macris (SP), disse que caberá, agora, ao ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, prestar esclarecimentos sobre as denúncias que envolvem a estatal.
 “Isso não vai impedir que continuemos a repercutir as graves denúncias da Petrobras. Vamos insistir, agora, para que o ministro [Edison Lobão] deponha. Apresentaremos a proposta de convocação dele. Até porque a ausência dela diz respeito à comissão e à instituição Câmara dos Deputados”, afirmou o parlamentar. “Ela cancelou presença na Câmara porque não quer se submeter à bateria de perguntas dos deputados. No Senado, a maioria é silenciosa e complacente”, completou.
 Macris destacou também que o depoimento de Foster no Senado não esvazia a mobilização pela CPI da Petrobras. “A CPI tem o condão de fazer uma investigação mais detalhada. Se uma CPI for instalada, ela [Graça Foster] terá que prestar novo depoimento, além de outras pessoas”, disse.
 Esta é a segunda vez em que a titular da estatal declina de um convite para esclarecer denúncias relacionadas à Petrobras na CFFC. Em 25 de março, ela cancelou presença na comissão, onde explicaria as denúncias de um suposto pagamento, entre 2005 e 2011, de US$ 139 milhões em propina a funcionários da Petrobras.
 Presença confirmada – Pivô do enredo Pasadena, o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró confirmou presença na quarta-feira (16), na audiência pública conjunta das comissões de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC), de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio (CDEIC) e de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) da Câmara. Apontado pela presidente Dilma Rousseff como o responsável pela “falha” que a levou a aprovar a compra da refinaria de Pasadena, Cerveró foi convidado a prestar esclarecimentos por meio de requerimento do líder do PSDB na Casa, Antonio Imbassahy (BA), e do deputado Vanderlei Macris.
 TCU na cola – O “Estado de S.Paulo” publicou no domingo (13) relatório do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) que recomenda que os responsáveis pela negociação de compra da refinaria de Pasadena sejam responsabilizados por eventuais perdas. O documento afirma que a alta cúpula da Petrobras, “incluindo os membros do Conselho de Administração”, respondam “por dano aos cofres públicos, por ato antieconômico e por gestão temerária”, caso sejam comprovadas irregularidades.
 “Isso confirma que parece haver muita coisa errada na estatal: na área de licitações, na compra de equipamentos e nos investimentos. É uma gestão temerária”, disse o deputado César Colnago (ES).
 Ações em queda – Menos de 24 horas antes de comparecer à audiência pública no Senado, Foster participou, ao lado da presidente Dilma Rousseff, da cerimônia de viagem inaugural do navio petroleiro Dragão do Mar e de batismo do navio Henrique Dias, no Estaleiro Atlântico Sul, em Ipojuca (PE).
 No primeiro evento público que reuniu as duas desde o início das denúncias envolvendo a empresa, Dilma afirmou que não vai permanecer calada enquanto detratores, que têm interesses políticos, ferem a imagem da estatal. Foi o suficiente para as ações da Petrobras caírem na Ibovespa no começo da tarde.
(Reportagem: Luciana Bezerra - PSDB)

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Câmara nega aposentadoria por invalidez para Genoino!!!

A Câmara dos Deputados negou nesta sexta-feira (4) pedido de aposentadoria por invalidez feito pelo então deputado federal José Genoino (PT-SP), preso após o julgamento do mensalão.
Em nota, a Câmara afirma que a junta médica da Casa que o avaliou concluiu que ele não apresenta, "no momento, cardiopatia grave que resulte em incapacidade laborativa definitiva". O documento é assinado pelos médicos Luciano Janussi Vacanti, Fernanda Perez Cabral Furtado, Luis Gustavo Gomes Ferreira e Gerson Costa Rodrigues Filho.
Preso desde novembro do ano passado, Genoino cumpre pena de 4 anos e 8 meses por corrupção ativa em regime domiciliar. Ele também havia sido condenado a 2 anos e 3 meses por formação de quadrilha, mas o tribunal, no julgamento, o acabou absolvendo deste delito.
Leia a íntegra da nota:
"Nota à Imprensa
Junta médica conclui laudo sobre pedido de aposentadoria por invalidez de José Genoino.
A Câmara dos Deputados divulga, por meio desta nota, o resultado do laudo da junta médica oficial sobre o requerimento de aposentadoria por invalidez do ex-deputado José Genoino.
A junta, formada pelos médicos Luciano Janussi Vacanti, Fernanda Perez Cabral Furtado, Luis Gustavo Gomes Ferreira e Gerson Costa Rodrigues Filho, concluiu que o periciado não é portador de invalidez para atividades laborativas nem de doença especificada em lei do ponto de vista médico-pericial. De acordo com o laudo, o periciado não apresenta, no momento, cardiopatia grave que resulte em incapacidade laborativa definitiva.
O processo de aposentadoria, portanto, foi indeferido e arquivado.
Assessoria de Imprensa
Câmara dos Deputados"

quarta-feira, 2 de abril de 2014

André Vargas tenta justificar carona em Jatinho do doleiro preso pela PF



TUTTY VASQUES

Ah, bom!

2 de abril de 2014
O deputado André Vargas, vice-presidente da Câmara, não teve intenção de voar em jatinho de doleiro nenhum.
O avião, inclusive, parou por engano quando ele levantou o braço de punho cerrado, numa das muitas vezes que repetiu o gesto que marcou a prisão dos mensaleiros do PT.

COMENTÁRIOS:
02/04/2014 - 11:13

Enviado por: Fernando Vieira Raimundo
O nobre deputado nas suas primeiras alegações justificou o empréstimo da aeronave porque as tarifas dos voos comerciais estavam pela hora da morte. Minha leitura: ele preferiu se vender barato do que pagar o preço que o resto dos simples mortais são obrigados a encarar. Sou de Londrina, sua base eleitoral, e não me sinto nada bem tendo um representante desses no congresso.

02/04/2014 - 11:40
Enviado por: L. Neto
Você votaria nele para Sindico do seu prédio…

02/04/2014 - 14:36
Enviado por: Clara
Com isso, percebe-se que qualquer gesto pode ser cínico!
E também o assédio moral e possivelmente a atitude racista de um “deputadozinho do PT amiguinho de 20 anos” de um bandido, ao fazer tal gesto e uma selfie ao lado de Joaquim Barbosa. Sinceramente, acho que se o presidente do STF fosse branco, não passaria por tal constrangimento.




terça-feira, 1 de abril de 2014

Dilma amarga inferno astral com popularidade em queda, Brasil rebaixado e Petrobras na berlinda



Março foi um mês recheado de más notícias para Dilma Rousseff, que cada vez deixa mais clara sua incapacidade para governar o país. O inferno astral tem múltiplas causas, como os discursos sem sentido, a tomada de decisões sem o devido cuidado e a inabilidade política e administrativa. Entre os resultados, alta reprovação popular em áreas sensíveis como saúde, rebaixamento da nota do Brasil por agência internacional de classificação de risco e a revelação sucessiva de malfeitos na maior estatal brasileira – a Petrobras – motivando o pedido de criação de CPI no Congresso. Confira estes e outros destaques do mês que está acabando:



Nota vermelha em pesquisa: pesquisa CNI/Ibope aponta reprovação popular do governo Dilma em todas as nove áreas aferidas pelo levantamento (saúde, impostos, educação, taxa de juros, combate à inflação, combate ao desemprego, meio ambiente e combate à fome e à pobreza). Divulgada no último dia 27, a última rodada do levantamento é uma resposta dos brasileiros a tantos desmandos. A somatória dos que consideram a atual gestão regular ou ruim/péssima atinge 63%. Para tucanos, os números refletem a incapacidade da petista de promover melhorias concretas em áreas cruciais para a vida da população e à percepção dos brasileiros de que o país caminha para o rumo errado.
Brasil rebaixado por agência de risco: no dia 24, a agência de classificação de risco Standard & Poor’s rebaixa a nota de crédito do Brasil, coroando a má qualidade do conjunto da obra de Dilma. A S&P citou a deterioração das contas públicas, o endividamento ascendente e os prognósticos declinantes para o crescimento da nossa economia como razões para a decisão. Há possibilidade concreta, por exemplo, de o teto da meta de inflação (6,5% ao ano) ser batido nos próximos meses.
Aval a péssimo negócio na Petrobras: nunca antes na história deste país a Petrobras amargou tantas notícias negativas como em março. A maior estatal brasileira vem sendo alvo certeiro dos malfeitos da gestão petista, com prejuízos bilionários para os seus acionistas e para o país. Um dos símbolos da dilapidação da Petrobras é a desastrosa compra da refinaria de Pasadena, nos EUA.  A justificativa da presidente Dilma de que só apoiou em 2006 a aquisição de Pasadena porque recebeu “informações incompletas” de um parecer “técnica e juridicamente falho” comprova que a petista toma decisões importantes para o país sem o devido cuidado. Se a petista fosse, de fato, uma boa “gerente”, teria tido mais cuidado.
Malfeitos levam à CPI: o prejuízo bilionário registrado nesta operação foi um dos motivos que levaram a oposição a defender uma CPI para investigar desmandos na Petrobras. O PSDB teve papel decisivo para o êxito na coleta de assinaturas. Para os tucanos, a investigação é crucial para defender a estatal no processo de destruição de seu patrimônio conduzido pelo PT. Para se ter uma ideia, em 2008, o valor de mercado da Petrobras alcançou R$ 450 bilhões. Hoje, não chega a R$ 190 bilhões. Milhares de brasileiros que investiram em ações da estatal amargam perdas.
 



Comissão investigará petrolífera: no dia 11, o plenário da Câmara impôs uma derrota humilhante para a presidente ao aprovar, por 267 votos a 28, o requerimento da oposição que cria comissão externa de deputados para ir à Holanda acompanhar a investigação de denúncias de propina na Petrobras. O resultado ocorreu meio a uma crise envolvendo a base aliada ao Planalto na Casa. A suspeita é de que US$ 139 milhões teriam sido destinados a intermediários e funcionários da Petrobras pela empresa holandesa SBM Offshore, que aluga plataformas de petróleo. A PF e MP também vão apurar o caso.
Convocação de ministros: a criação da comissão externa não foi a única derrota de Dilma no Parlamento. Em apenas um dia (12/3), comissões aprovaram a vinda de dez ministros e da presidente da Petrobras para vir à Câmara para dar explicações sobre desmandos diversos. Deputados atribuíram a crise à incapacidade de articulação política e de diálogo da petista, cada vez mais escancarada. Além disso, avaliam que a rebelião representa um basta à tentativa da gestão petista de transformar o Legislativo em quintal do Planalto.
Discursos sem sentido: “Pode saber que sempre que você vê, sabe, você vê isso tudo, você fica achando que é, os meus problemas também passam a ser muito pequenos, os problemas de cada um da gente, porque é a gente diante da natureza e da força dela, não é?”. Foi o que afirmou Dilma em entrevista coletiva concedida no último dia 15 em Porto Velho (RO), em mais um exemplo de discurso confusos e sem sentido. O pior é a repetição sucessiva de falas descoordenadas da petista tanto no Brasil como no exterior.
Desastre no setor elétrico: a fantasia de contas de luz baratinhas que o governo propagandeou à exaustão em 2012 não vai durar. O modelo do setor elétrico idealizado por Dilma está fazendo água por todos os cantos e demandando aportes bilionários, bancados por contribuintes e consumidores. Em março,  a equipe econômica anunciou um pacotaço que eleva a R$ 31 bilhões os custos gerados pelo desequilíbrio criado no setor a partir da edição de uma medida provisória em 2012. Para bancar o rombo, vem mais aumento aí. Mas de olho nas urnas, a conta será repassada ao consumidor somente depois das eleições.  E mais: apesar das negativas reiteradas de racionamento, no fim do mês o governo admitiu a necessidade de economia de energia para não faltar luz na Copa, em junho.
Terra arrasada nas estatais: além da Petrobras, a Eletrobras também está se tornando um símbolo da má gestão petista. Curiosamente, enquanto esteve na oposição, o PT se notabilizou por um incisivo discurso de defesa dessas empresas, apresentando seus adversários com capazes de um monte de maldades. Mas os verdadeiros algozes são eles mesmos. Apenas no 4º trimestre de 2013, por exemplo, a  Eletrobras registrou prejuízo líquido consolidado de R$ 5,5 bilhões.  A empresa paga caro pela mudança do marco legal do setor elétrico determinada em setembro de 2012 pela presidente Dilma.
(Da redação do PSDB/Charges: Fernando Cabral)

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