segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Lula fala pela primeira vez sobre Rosemary (rapidamente) e diz também que vai fazer campanha para Dilma



Carlos Newton
Em curiosa entrevista ao Correio Braziliense, o ex-presidente pela primeira vez falou sobre Rosemary Noronha, sua ex-segunda-primeira-dama, companheira de viagens oficiais a 32 países, na ausência de dona Marisa Letícia, é claro.
Como a entrevista foi feita por uma aliada, a jornalista Tereza Cruvinel, que deixou o Globo em 2010 para trabalhar no governo Lula, o ex-presidente não foi pressionado em nenhum momento e pôde passar rapidamente pelo explosivo assunto que envolve sua vida amorosa. Confira o diálogo:
Tereza CruvinelComo o senhor avalia a decisão da CGU de pedir a destituição do serviço público da ex-chefe do Gabinete da Presidência de São Paulo, Rosemary Noronha, por 11 irregularidades, incluindo propina, tráfico de influência e falsificação de documentos? 
Lula - Ela já estava demitida. O que a CGU fez foi confirmar o que todo mundo já sabia o que ia acontecer.
- Mas tudo ocorreu dentro de um escritório da Presidência, em São Paulo… 
- Deixa eu falar uma coisa. A CGU julgou um relatório feito pela Casa Civil. E pelo o que eu vi do relatório, ele confirma as conclusões da Casa Civil. Todo servidor que comete algum ilícito tem de ser exonerado. O que valeu para o escritório vale para qualquer lugar no Brasil, no setor público. Vale para banco, vale para a Receita Federal. Vejo isso com muita tranquilidade. (Lula se vira para o assessor de imprensa e pergunta). “Não foi exonerado esses dias um companheiro que trabalhava com a Ideli (Salvatti)? (Lula se refere ao assessor da Subchefia de Assuntos Federativos, Idaílson Vilas Boas Macedo, após notícias de que faria parte do esquema de lavagem de dinheiro descoberto pela Polícia Federal na Operação Miqueias).
Tereza Cruvinel - Sua participação na campanha da Dilma agora será diferente da que teve em 2010? 
Lula - Tem de ser diferente. Em 2010 a Dilma não era conhecida. Fizemos uma campanha para que ela se tornasse conhecida, e para mostrar ao eleitor o grau de confiança que eu tinha nela. Obviamente que depois de quatro anos de governo a Dilma passou a ser muito conhecida e conseguiu construir a sua própria personalidade. Então já tem muita gente que vai votar na Dilma independentemente do Lula pedir. Naquilo que eu tiver influência, nas pessoas que eu tiver influência, eu vou pedir para votar na Dilma. O que eu vou fazer na campanha depende dela. Eu não quero estar na coordenação, eu quero ser a metamorfose ambulante da Dilma. Estou disposto. Se ela não puder ir para o comício num determinado dia, eu vou no lugar dela. Se ela for para o Sul, eu vou para o Norte. Se ela for para o Nordeste, eu vou para o Sudeste. Isso quem vai determinar é ela. Eu tenho vontade de falar, a garganta está boa. Eu estou com mais disposição, mais jovem. Apesar da idade, eu estou fisicamente mais preparado. Estou com muita saudade de falar. Faz tempo que eu não pego um microfone na rua para falar. Conversar um pouco com o povo brasileiro. Vou ajudar. Se for importante ficar quieto, eu vou ficar quieto. A única que coisa que eu não vou fazer é cantar, porque eu sou desafinado, mas no resto, ela pode contar comigo. 
Tribuna da Imprensa

O GOVERNO DO ESTADO


Dona Gleisi Hoffmann é múltipla e eleitoralmente esplendorosa. É senadora, chefe da Casa Civil, candidata a governadora. Está mais desconsolada do que antes, quando era ou se julgava favoritíssima. Todos esperam Requião, que tem o maior cacife eleitoral do Estado. Dona Gleisi, se perder, volta para o Senado, onde só esteve de passagem. Que República.
Da coluna do Hélio Fernandes - Tribuna da Imprensa - Rio de Janeiro

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Justiça paralisa obras de empreendimento imobiliário no Batel

O Juízo da 15ª Vara Cível de Curitiba determinou a suspensão das obras de movimentação no solo de empreendimento imobiliário localizado na Alameda Dr. Carlos de Carvalho, no bairro Batel. A Promotoria de Justiça de Proteção ao Meio Ambiente de Curitiba aponta que as escavações realizadas no terreno estão em desacordo com a legislação em vigor.
A liminar, determinando que o local seja lacrado, foi proferida no último dia 20. Na ação inicial, ajuizada contra a CIA Brasileira Terra Nobre Ltda., responsável pelas obras, o promotor de Justiça Sérgio Luiz Cordoni aponta movimentação de solo em desacordo com a legislação ambiental, para a construção de três pavimentos subterrâneos, bem como observa a falta de alvará para edificação no local.
A Promotoria argumenta que, com base em relatório da equipe técnica, não há a devida licença para a escavação e retirada do solo, somente foi apresentada licença para recebimento do material (solo). “O empreendimento em questão, ainda que seja incerto o seu projeto – uma vez que nada foi apresentado aos órgãos municipais (comprovando a sua ilegalidade) –, nota-se das fotos realizadas pela equipe técnica desta Promotoria de Proteção ao Meio Ambiente, bem como de seu relatório de vistoria, que se trata de um grande empreendimento, muito possivelmente compreendendo um prédio comercial, por conta de todas as escavações que vem sendo feitas. Tal tipo de atividade prescinde de licenciamento ambiental próprio e específico para o seu efetivo funcionamento”, relata a Promotoria de Justiça.
“(...) "em torno de suposta atividade irregular, com potenciais resultados danosos ao meio ambiente, impõe-se, como medida preventiva, a suspensão liminar da atividade potencialmente danosa”, destaca a juíza Ana Paula Becker, em trecho da liminar. “Diante do exposto, defiro o pedido de antecipação de tutela para o fim de determinar a suspensão de qualquer intervenção no imóvel, em especial com relação à edificação e movimentação do solo. Para efetivar a decisão ora deferida, determino ainda a lacração do referido imóvel”", concluiu a juíza.

Rossoni suspende salários de comissionados



São 11 servidores em cargos comissionados que tiveram os salários suspensos. O motivo é uma confusão partidária que obviamente sobrou pra patuleia.
Os comissionados foram contratados para trabalhar para o partido Mobilização Democrática, o MD, que seria formado pela fusão do PPS e do PMN. Mas essa fusão não aconteceu. Os funcionários custam quase 100 mil reais aos cofres públicos.
Pelo regimento da Assembleia, um bloco partidário precisa ter pelo menos quatro deputados para ter direito à estrutura e os dois partidos têm apenas três. O presidente da Assembleia, o deputado Valdir Rossoni, explica que decidiu fazer a suspensão até que haja uma decisão em definitivo sobre o assunto. Enquanto isso os servidores ficam sem pagar suas contas ou grana pra manter a família?
O deputado Douglas Fabrício, do PPS, argumenta que o bloco PPS-PMN tem direito aos funcionários e ao tempo para falar em plenário porque, quando o bloco foi formado, eram quatro deputados. Um deles, Marcelo Rangel, saiu da Assembleia para assumir a Prefeitura de Ponta Grossa e quem ficou no lugar é o deputado Alceu Maron Filho, que trocou o PPS pelo PSDB. A vaga é disputada na justiça.
A liderança desse bloco, formado pelo PPS e PMN, apesar de ter 11 comissionados, não tem uma sala na Assembleia. Os funcionários trabalham nos gabinetes do deputado Douglas Fabrício e dos outros dois que fazem parte do grupo: Dr. Batista e Tercílio Turini.

DEPUTADOS SE DESESPERAM COM SITUAÇÃO DE CLAYTON CAMARGO



A eleição do conselheiro do Tribunal de Contas Fábio Camargo foi determinada pelo interesse que os deputados estaduais mantinham sobre a figura paterna do deputado eleito conselheiro, mas enquanto presidente do Tribunal de Justiça.
A maioria dos deputados que votou a favor de Fábio responde a algum processo no TJ-PR e contavam com o acostamento do então presidente para amenizar algumas situações. Pois é, e agora José?
O corregedor nacional de Justiça, ministro Francisco Falcão, determinou por liminar, ontem, a suspensão da tramitação do pedido de aposentadoria do desembargador Clayton Camargo, que renunciou à Presidência do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJPR). O desembargador é alvo de sindicância instaurada pela Corregedoria Nacional de Justiça.
O ministro Francisco Falcão relatou que o Ministério Público Federal (MPF) informou que o desembargador Clayton de Coutinho Camargo renunciou ao cargo e pediu aposentadoria ao Órgão Especial do Tribunal de Justiça paranaense (TJPR). Diante disso, o MPF pediu a concessão de liminar para impedir a tramitação do pedido de aposentadoria até que o caso seja julgado pelo CNJ, o que deve ocorrer no dia 8 de outubro.
Para o corregedor, as alegações do MPF são “razoáveis”. Ele destacou que o artigo 27 da Resolução 135 do CNJ estabelece que “o magistrado que estiver respondendo a processo administrativo disciplinar só terá apreciado o pedido de aposentadoria voluntária após a conclusão do processo ou cumprimento da penalidade”. O ministro Falcão lembrou que, embora o processo ainda não tenha sido instaurado, o magistrado apresentou defesa preliminar e já foi intimado, desde 23 agosto, para o julgamento, pelo plenário do CNJ, do relatório da sindicância.
“Todos esses fatos levam-me a concluir que estão presentes os requisitos autorizadores da medida acautelatória”, despachou o corregedor, considerando o pedido de aposentadoria como indício de “ato evasivo” que exige análise mais profunda do Conselho.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Agora PT privatiza para “buscar equilíbrio”



A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, concedeu entrevista ao jornal Valor Econômico na qual fala sobre o programa de concessão de rodovias do governo federal. De acordo com a ministra, as novas concessões buscam equilíbrio entre o retorno ao investidor e a sustentabilidade na tarifa.
Confira os principais trechos da entrevista da ministra aos jornalistas Daniel Rittner e Leandra Peres do Valor:
Valor: O governo lançou o programa de concessões há mais de um ano e o primeiro leilão de rodovias ficou longe do sucesso esperado. O modelo está errado?
Gleisi Hoffmann: O modelo é adequado. É resultado de uma análise dos processos de concessões de rodovias que tivemos até agora. As primeiras concessões, no governo Fernando Henrique, tinham foco na arrecadação. Vendia-se o direito de explorar uma rodovia, sem necessariamente uma preocupação com o investimento e o nível de serviço. Temos hoje pedágios caros. A segunda fase de licitações de rodovias, para se contrapor a esse modelo, adotou o critério de menor tarifa. Conseguimos pedágios baratos, mas não necessariamente retorno em termos de investimentos necessários para melhorar algumas rodovias.
Valor: E agora?
Gleisi: Buscamos um modelo equilibrado. O que deixa uma concessão de pé é a capacidade e a concordância do usuário em pagar aquela tarifa. E não necessariamente a TIR. Deu-se muito foco à taxa interna de retorno.
Valor: O que a senhora quer dizer com "muito foco à taxa de retorno"?
Gleisi: Primeiro, falava-se que não queríamos que o empresariado tivesse lucro e que não gostamos da iniciativa privada. Isso é uma besteira. É como se ficássemos em torno de uma mesa discutindo como ferrá-los. Óbvio que não! Todas as nossas discussões eram e são para ter um modelo equilibrado, com retorno ao investidor, mas com sustentabilidade na tarifa.
Valor: O ministro Guido Mantega errou ao enfatizar as variáveis financeiras?
Gleisi: Não, de forma alguma. As questões financeiras foram muito bem equacionadas: o project finance, taxas de juros, garantias e até mesmo a reavaliação da TIR. O fato de as empresas se dedicarem a um estudo mais refinado depois da publicação dos editais é que faz com que estejamos vendo alguns problemas agora. Às vezes, a capacidade das empresas de estudar concomitantemente essas concessões e nos dar retorno sobre a realidade também é limitado. Ninguém havia investido tempo, dinheiro, energia antes do lançamento dos editais.
Valor: É por isso que o leilão da BR 262 não teve interessados?
Gleisi: Tivemos três problemas. O primeiro foi a realização de leilões concomitantes. Nesse primeiro lote, houve um interesse maior na BR-050, mas a BR-262 era uma concessão atrativa. Outro ponto é que a rodovia está no Espírito Santo, um Estado com histórico de contrariedade com pedágios. Isso foi reforçado com as manifestações do governador e da bancada. Em terceiro, acredito que houve falhas de comunicação. Pelo menos uma resposta dada pela ANTT teve impacto [na avaliação dos investidores].
Valor: A senhora se refere ao risco de o Dnit não concluir sua parte nas obras e não haver como reembolsar o investidor?
Gleisi: Sim. Se uma obra pública não é feita e compromete o processo, isso é responsabilidade do Estado, o que gera a possibilidade de reequilíbrio econômico do contrato. Foi de fato uma resposta equivocada [da ANTT].
Valor: A senhora considera que um pedágio de R$ 12, como previsto na BR-101 (na Bahia), terá a concordância dos usuários?
Gleisi: O modelo está correto, mas pode ser que não consigamos encaixá-lo para algumas rodovias porque têm pedágio muito alto ou porque não poderão remunerar o investidor como ele quer. No caso da BR-101, o próprio ministro César Borges pediu para deixá-la para o final, a fim de termos uma avaliação melhor. Se chegarmos à conclusão de que é impossível fazer concessão, vamos migrar para obra pública.
Valor: Há intenção em rever trechos de algumas concessões?
Gleisi: Não é impossível reavaliar isso, mas precisamos de um tempo para todas as respostas. Estamos ouvindo as empresas, o mercado, as construtoras. O ministro César Borges está coordenando esse processo.
Valor: É possível que rodovias saiam do plano de concessões?
Gleisi: É possível uma avaliação como essa. Temos que lançar [os editais] no mercado, saber a reação e sentir se elas são exequíveis ou não nesse modelo. Se a combinação de capex [volume de investimentos] e de taxa de retorno requer uma tarifa que onera demais o usuário, então a concessão não se viabiliza.
Valor: A duplicação das rodovias em cinco anos é "cláusula pétrea"?
Gleisi: Não diria que ela é cláusula pétrea, mas é importante para que se possa responder às necessidades do país. Temos estradas em que a demanda já requer duplicação em prazo imediato. Não dá estender os investimentos em 10 ou 15 anos. Não teria aderência à realidade.
Valor: As empreiteiras também criticam a ausência de previsão para riscos de contingência. O governo estuda permitir correções na tarifa em caso de eventos inesperados?
Gleisi: A contingência tem impacto na tarifa. É preciso calcular esse impacto. Alguém tem que pagar e precisamos de muita cautela para fazer esses cálculos. Se é uma concessão, quem paga é o usuário.
Valor: Qual será a próxima rodovia a ser leiloada?
Gleisi: O TCU nos informou que deve apreciar os processos de novos lotes nesta ou na próxima quarta-feira. Se o tribunal liberar nesta semana, talvez possamos lançar em seguida o edital da BR-060 ou o da BR-163. Aí, são 30 dias até o leilão.
Valor: O consórcio vencedor da BR-050 não incluiu nenhuma das grandes empreiteiras. Por quê?
Gleisi: Elas têm um portfólio maior de obras que já estão tocando e são empresas mais alavancadas. Quando entram em um processo como esse, têm uma margem e precisam de uma garantia maior. O Consórcio Planalto, com nove empresas, podia ser mais ousado em uma concorrência como essa.
Valor: Um outro assunto que está na pauta do governo é o socorro às empresas aéreas, que estão registrando prejuízos bilionários. A sra. já tem uma resposta?
Gleisi: Com o crescimento da demanda por transporte aéreo, esse setor ganhou ainda mais importância. Mas Já fizemos um esforço grande para ajudar as companhias aéreas. Desoneramos a folha de pagamento, suspendemos o aumento de taxas de navegação aérea e retiramos as tarifas aeroportuárias de aeroportos regionais. Foram contribuições relevantes. Infelizmente, o retorno que tivemos das empresas foram demissões, enxugamento de rotas e aumento de passagens. Então, temos muita calma e tranquilidade para analisar o que elas estão colocando na mesa. O governo entende que já deu uma grande ajuda a esse setor.
Valor: Mas as companhias afirmam que, nos últimos meses, todo o esforço que fizeram para reduzir custos foi corroído pela alta do dólar.
Gleisi: O dólar é inerente aos negócios no setor aéreo. E a taxa de câmbio também já recuou.
Valor: O governo tem três opções para abrir o setor aéreo ao capital estrangeiro. Existe alguma inclinação por uma dessas alternativas?
Gleisi: Isso é uma discussão interna e embrionária. Não temos ainda uma posição.
Valor: Há fortes dúvidas também sobre a viabilidade e até sobre aspectos legais das novas concessões de ferrovias. Como destravar esse processo?
Gleisi: Estamos apresentando um modelo novo. Não há uma cultura de construção de ferrovias no Brasil e poucas empresas têm essa expertise. É natural que haja dúvidas e até resistências. Cabe a nós conversar, interagir e prestar esclarecimentos, mostrando como esse modelo se sustenta. Tivemos um modelo muito ruim para o país que era baseado em outorga, em arrecadação e deixava pedaços de ferrovias sem utilização. Tivemos um sucateamento de boa parte da malha.
Valor: A senhora se refere às privatizações feitas durante o governo FHC. Mas o economista Edmar Bacha, ligado ao PSDB, afirma que o modelo de concessões de infraestrutura adotado pelo atual governo não favorece a competição.
Gleisi: Vi nos jornais alguns senhores da Casa das Garças [centro de estudos ligado ao PSDB] nos criticando. É sempre bom fazer uma autocrítica antes de apontar o dedo. O que eles entregaram ao país, em termos de concessões de ferrovias e de rodovias, não foi o melhor modelo. Em ferrovias, foi um desastre completo.
Valor: E no caso de rodovias?
Gleisi: Foi um pedágio alto, uma reação da população aos valores da tarifa e um processo de investimento questionável.
Valor: Será necessário algum ajuste legal para que o modelo de ferrovias se enquadre na legislação vigente para as concessões?
Gleisi: Estamos discutindo com os ministérios dos Transportes e do Planejamento uma medida para reestruturar a Valec, para deixar claro como será exercida a garantia de compra de carga pelo governo, porque muitas ferrovias vão iniciar a operação com déficit. Acredito que, com esse esclarecimento, conseguiremos dar resposta a esse questionamento.
Valor: Quando a medida será enviada ao Congresso?
Gleisi: Queremos enviar ainda este ano. Não sei se na forma de uma medida provisória ou projeto de lei com regime de urgência.
Valor: O governo recebeu mais de 3 mil contribuições durante a audiência pública para a licitação de novos arrendamentos no Porto de Santos. O que será considerado?
Gleisi: Queríamos enviar os estudos de Santos ao TCU no início da semana que vem. Mas levaremos mais uma semana porque causa da quantidade de contribuições na audiência pública.
Valor: Havia uma discussão sobre retirar do processo de licitação a área de Saboó. Será feito?
Gleisi: Há muitas contribuições para não se mexer [nessa área do porto]. Mas alguns contratos não têm nem base legal para prorrogar, pois são anteriores à lei de 1993. Nos que têm previsão de prorrogação, vencida a primeira perna, vamos licitar. Não tem sentido ficar com um terminal pequenininho no meio de um outro terminal grande com cargas que não têm a ver. Porto precisa de escala e, em Santos, procuramos especializar um pouco as áreas, cuidando para que tivessem competitividade.
Valor: O leilão da BR-050 e a lista de participantes do leilão do campo de Libra foram vistos como indicação de que falta apetite do investidor estrangeiro para vir para o Brasil. A senhora concorda com essa avaliação?
Gleisi: A relação das empresas interessadas no leilão de Libra mostram que há interesse de estrangeiros.
Valor: O governo espera maior participação de investidores externos nos próximos leilões de ferrovias e rodovias?
Gleisi: Nós gostaríamos que tivesse, mas é muito difícil avaliar. Isso depende de uma composição das empresas.
Valor: As chances de sucesso do programa de concessões diminui com a ausência dos estrangeiros?
Gleisi: Estão surgindo players novos. Acredito que temos uma quantidade de empresa se preparando para entrar nesse processo.
Valor: Há previsão de reajuste para combustíveis?
Gleisi: Não está sob minha alçada tratar disso. Vocês vão perguntar, eu não vou responder.
Valor: Para finalizar, o governo mantém a expectativa de que as concessões puxem o crescimento econômico no último trimestre e em 2014, mesmo diante das revisões?
Gleisi: Mesmo reavaliando o cronograma, teremos muitas concessões até o fim deste ano. Temos os dois aeroportos (Galeão e Confins), os portos de Santos e do Pará. Podemos licitar também Paranaguá e Bahia. Já soltamos duas rodadas dos terminais privados. E pelo menos um trecho de ferrovias, gostaríamos muito de ter este ano. Então, ainda que reconsideremos o cronograma, teremos um volume significativo de concessões.
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