quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

ENFIM, FELICIANO DEIXA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS



O pastor Marco Feliciano (PSC-SP) avaliou positivamente a sua passagem pela presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, segundo o jornal Folha de S. Paulo. Para ele, a polêmica e os tumultos que aconteceram no início do ano ajudaram a valorizar a comissão.
Feliciano presidiu a comissão pela última vez nesta quarta-feira (18). O colegiado aprovou o projeto de lei que reserva 20% das vagas em concurso público para negros. Outra proposta que tipifica crime de racismo também foi aprovada.
"Espero que eles tenham entendido o valor da comissão, porque ela só veio parar na nossa mão porque eles abandonaram. E o debate só não foi mais produtivo porque eles mesmos abandonaram a comissão", disse o deputado na quarta-feira (18), referindo-se à bancada do governo.
No início do ano, a comissão chegou a ter de cancelar diversas reuniões por causa de manifestações de grupos contrários a presença de Feliciano na presidência do colegiado. Ele foi acusado de racismo e homofobia por declarações publicadas em seu Twitter e feitas durante cultos religiosos.
"Fui acusado de ódio e intolerância mas eu não precisei falar nada. O ano todo mostrou quem eram os intolerantes. Quem foi que me atacou aqui dentro. Quem foi que entrou na igreja sem roupa e deu um beijo na frente de centenas de pessoas. Em que momento que eu pratiquei o ódio? Em que momento que eu fui intolerante? Em momento nenhum fui à tribuna. Eu aguentei calado", defendeu-se.
O deputado acredita que no ano que vem a presidência do colegiado será bastante disputada. "Colocamos os direitos humanos na pauta das pessoas para discutir de fato o que é direitos humanos, que não é um grupo ou dois. Mas todas as pessoas que se sentem feridas nos seus direitos", disse. No início do ano, o PT abriu mão de indicar um nome para o colegiado e por isso o PSC teve espaço para indicar seus nomes.
No entanto, o deputado descartou a hipótese de uma reeleição para o cargo. Ele acredita que a criação do Pros e do Solidariedade dificultará a escolha do novo presidente. No entanto, Feliciano assumiu que o partido tem interesse em continuar no colegiado. "Se tiver espaço para a gente, é claro que a gente quer [a presidência]. Não pelo tumulto, mas pelo que a Comissão de Direitos Humanos representa. O assunto é apaixonante", afirmou.
Considerado um dos políticos com maior capacidade de puxar votos, Feliciano afirmou que, por enquanto, pretende concorrer novamente à Câmara dos Deputados. No entanto, seu partido ainda cogita a possibilidade de lançá-lo ao Senado. Porém, a possibilidade de eleger apenas um senador pelo estado desanima Feliciano. "Se fossem duas vagas eu iria sem medo", disse.
* Com informações da Folha de S. Paulo
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