quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Emprego para a “companheirada”



Deputados criticam multiplicação de cargos comissionados em 10 anos de gestão petista
Deputados tucanos reagiram contra o aumento de cargos comissionados na gestão petista nos últimos 10 anos. De acordo com reportagem do portal “UOL” publicada no domingo, os cargos de confiança passaram de 17,6 mil (2003) para 22,6 mil (2013). Para o deputado Raimundo Gomes de Matos (CE), essa prática começou no governo Lula e, de lá para cá, tem havido acentuada falta de compromisso com a ética, a transparência e a boa gestão.
“Contra fato não há argumentos. O discurso populista do governo do PT vem fazendo com que o Brasil não acompanhe o desenvolvimento observado em outros países. Essa década de atraso deve-se ao populismo e ao apadrinhamento político na inclusão de pessoas sem qualificação para exercer cargos”, avaliou. 
O UOL destacou que a multiplicação dos cargos conhecidos como Direção e Assessoramento Superior (DAS) se concentrou nos escalões mais altos, os mais utilizados nas negociações entre o Planalto e os partidos da base de sustentação. Ao longo da administração petista, o número de ocupantes de DAS 4, 5 e 6 saltou 46%, chegando a 4.814. Nesse grupo estão os secretários de Estado, chefes de gabinete, assessores especiais e diretores.
A remuneração mensal dos cargos vai de R$ 2.152 (DAS-1) a R$ 12.043 (DAS-6). Servidores públicos nomeados podem acumular seu salário com parte da comissão, segundo limites definidos na legislação.
Gomes de Matos diz ser inconcebível manter a elevada estrutura de 39 ministérios para atender apadrinhados. Para garantir saldo positivo, o governo faz uma maquiagem contábil constantemente. Por outro lado, a população não vê a contrapartida na melhoria da qualidade ou da eficiência na prestação de serviços. “Observamos o atraso das obras estruturantes em todas as áreas. Não é só nas obras para a Copa, mas sim nas estruturantes para garantir a exportação, o trânsito nas rodovias para escoamento de mercadorias”, disse. 
Reforma ou coalizão?
A reforma ministerial, tema de urgência da presidente Dilma, deve ser finalizada em fevereiro com 10 partidos diferentes fechando acordo com o governo. Gomes de Matos critica a prática da presidente. “Esse sistema político de colocar todos os partidos dentro do governo não garante governabilidade. É fazer cooptação de parlamentares e de políticos”. E completou: “Ela tinha que aproveitar a oportunidade da saída de alguns ministros para extinguir esses ministérios. Claro que há pastas importantes, como Saúde e Educação, mas 15 seriam suficientes para tocar o Brasil”. 
O deputado Antonio Imbassahy (BA), líder eleito do PSDB para 2014, comentou nas redes sociais o orçamento sancionado por Dilma, que prevê as despesas e receitas do governo federal para este ano. Receitas estas provenientes dos impostos pagos por todos os brasileiros que ultrapassam R$ 1,7 trilhão. “É até difícil imaginar o quanto isso representa. Em resumo: o governo federal recebe dos brasileiros uma arrecadação de primeiro mundo e devolve a eles serviços de quinta categoria – a Saúde não funciona, a Segurança Pública é precária, as rodovias e aeroportos são insuficientes e por aí vai. Por essas e outras é que 66% da população quer mudar!”, finalizou.
 (Reportagem: Edjalma Borges/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo - http://www.psdbnacamara.com.br/wordpress/?p=104867)

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