Deputados
criticam multiplicação de cargos comissionados em 10 anos de gestão petista
Deputados
tucanos reagiram contra o aumento de cargos comissionados na gestão petista nos
últimos 10 anos. De acordo com reportagem do portal “UOL” publicada no domingo,
os cargos de confiança passaram de 17,6 mil (2003) para 22,6 mil (2013). Para o
deputado Raimundo Gomes de Matos
(CE), essa prática começou no governo Lula e, de lá para cá, tem
havido acentuada falta de compromisso com a ética, a transparência e a boa
gestão.
“Contra
fato não há argumentos. O discurso populista do governo do PT vem fazendo com
que o Brasil não acompanhe o desenvolvimento observado em outros países. Essa
década de atraso deve-se ao populismo e ao apadrinhamento político na inclusão
de pessoas sem qualificação para exercer cargos”, avaliou.
O UOL
destacou que a multiplicação dos cargos conhecidos como Direção e
Assessoramento Superior (DAS) se concentrou nos escalões mais altos, os mais
utilizados nas negociações entre o Planalto e os partidos da base de
sustentação. Ao longo da administração petista, o número de ocupantes de DAS 4,
5 e 6 saltou 46%, chegando a 4.814. Nesse grupo estão os secretários de Estado,
chefes de gabinete, assessores especiais e diretores.
A
remuneração mensal dos cargos vai de R$ 2.152 (DAS-1) a R$ 12.043 (DAS-6).
Servidores públicos nomeados podem acumular seu salário com parte da comissão,
segundo limites definidos na legislação.
Gomes de
Matos diz ser inconcebível manter a elevada estrutura de 39 ministérios para
atender apadrinhados. Para garantir saldo positivo, o governo faz uma maquiagem
contábil constantemente. Por outro lado, a população não vê a contrapartida na
melhoria da qualidade ou da eficiência na prestação de serviços. “Observamos o
atraso das obras estruturantes em todas as áreas. Não é só nas obras para a
Copa, mas sim nas estruturantes para garantir a exportação, o trânsito nas
rodovias para escoamento de mercadorias”, disse.
Reforma
ou coalizão?
A reforma
ministerial, tema de urgência da presidente Dilma, deve ser finalizada em
fevereiro com 10 partidos diferentes fechando acordo com o governo. Gomes de
Matos critica a prática da presidente. “Esse sistema político de colocar todos
os partidos dentro do governo não garante governabilidade. É fazer cooptação de
parlamentares e de políticos”. E completou: “Ela tinha que aproveitar a
oportunidade da saída de alguns ministros para extinguir esses ministérios.
Claro que há pastas importantes, como Saúde e Educação, mas 15 seriam
suficientes para tocar o Brasil”.
O deputado Antonio Imbassahy (BA), líder
eleito do PSDB para 2014, comentou nas redes sociais o orçamento sancionado por
Dilma, que prevê as despesas e receitas do governo federal para este ano.
Receitas estas provenientes dos impostos pagos por todos os brasileiros que
ultrapassam R$ 1,7 trilhão. “É até difícil imaginar o quanto isso representa.
Em resumo: o governo federal recebe dos brasileiros uma arrecadação de primeiro
mundo e devolve a eles serviços de quinta categoria – a Saúde não funciona, a
Segurança Pública é precária, as rodovias e aeroportos são insuficientes e por
aí vai. Por essas e outras é que 66% da população quer mudar!”, finalizou.
(Reportagem:
Edjalma Borges/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo - http://www.psdbnacamara.com.br/wordpress/?p=104867)
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