O
deputado Luiz Carlos Hauly
condenou a insistência do governo petista em manter regras do Programa Mais
Médicos que desfavorecem os profissionais de saúde cubanos. “É inaceitável. Um
país que prima pelos direitos humanos como o Brasil não deveria aceitar essa
injustiça contra esses médicos cubanos”, afirmou. “O PSDB protesta e repudia
essa atitude desumana”, acrescentou.
Na
quinta-feira (15), o ministro da Saúde, Arthur Chioro, anunciou a ampliação do
programa. Atualmente, o Mais Médicos conta com 14.462 profissionais - 79%
deles são da ilha caribenha. Perguntado se os cubanos continuarão a ganhar
menos, já que parte dos seus vencimentos fica com o governo de Raúl Castro, o
titular da pasta afirmou que eles são profissionais convocados para uma “missão
de cooperação, em situação especial”. “Não significa que eles ganham mais ou ganham
menos, mas que ganham diferente”, arrematou Chioro.
A
“situação especial” a que se referiu o ministro da Saúde é resultado de um controverso
acordo firmado pelo Palácio do Planalto com o regime cubano por meio da
Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). Pelo contrato, o governo brasileiro
repassa à Opas mais de R$ 10 mil mensais por médico cubano. O dinheiro vai para
uma empresa ligada ao Ministério da Saúde de Cuba, que faz o pagamento dos
profissionais. Os cubanos recebem, por mês, um pouco mais de US$ 1 mil, mas só
podem usar US$ 400 no Brasil. “Essa é uma das incongruências mais injustas”,
criticou Hauly.
Amizade
acima de tudo – Desde que
assumiu a Presidência, Dilma Rousseff tem se empenhado em favorecer o
regime castrista. Apoiada integralmente pelo PT, ela viabilizou, por
exemplo, a modernização do porto de Mariel por meio de um financiamento do
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A
instituição desembolsou US$ 682 milhões, o correspondente a dois terços do
valor total da obra, US$ 957 milhões, que foi inaugurada no início de 2014.
Localizado no oeste de Cuba, a 45 quilômetros da capital Havana, o empreendimento
custou 15 vezes mais do que o total aplicado pelo governo nos portos
brasileiros em 2013.
Em julho
do ano passado, a petista deu mais uma demonstração de apreço ao regime. Dilma
atendeu a um pedido de Raúl Castro e o recebeu, como hóspede, na Granja do
Torto, residência de campo da Presidência da República.
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