Numa
visão maniqueísta, o ex-deputado petista Dr. Rosinha escreveu artigo para o
site Congresso em Foco em que coloca em duas pontas opostas o que considera “os
de cima” como os ricos, e os pobres, que para ele “uma parte não ascendeu
intelectualmente”, tornando-se “massa de manobra da direita”.
“Os
“de cima”, os ricos, não toleram e no Brasil nunca toleraram que os pobres
ascendessem socialmente. E, no governo do PT (Lula e Dilma), muitos pobres
ascenderam econômica e socialmente, mas, infelizmente, uma parte não ascendeu
intelectualmente, sendo hoje massa de manobra da direita, entre os quais os
partidos PSDB, DEM, PPS e Solidariedade”.
O
artigo traz conceitos que já não se enquadram na sociedade como soberanos,
demonstrando um preconceito arcaico, que certamente ainda persiste, mas que não
faz parte da maioria, que busca igualdade e não alimenta preconceitos.
Rosinha
cita como exemplo: “imagina minha filha (branca) que estuda medicina fica
sentada do lado de um negro.” Alegando que faz parte do discurso da classe que
foi às ruas batendo panelas, nos últimos protestos espalhados pelo país,
defendendo que “bater panelas sempre foi protesto dos pobres, dos famintos”. Ora,
protesto representa uma opção democrática, e não classista, como quer o
ex-deputado.
Rosinha
classifica como os “de cima” aqueles que “entraram num processo de construção
do ódio contra o PT e os petistas. Passaram a fazer do combate à corrupção o
biombo para o golpe que desejam”.
O
deputado precisa olhar a condição social de alguns petistas famosos como o
ex-ministro José Dirceu, José Genuíno, Delúbio Soares, João Paulo Cunha, Lula
da Silva, Marta e Eduardo Suplicy, Aloizio Mercadante, entre outros tantos que
em nada se parecem com os “de baixo”, que na verdade hoje ocupam o que ele
classifica como “os de cima”, que carregam os mesmos preconceitos.
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