quinta-feira, 5 de março de 2015

O roto que fala de 400 esfarrapados...



“Tem lá uns 400 deputados, 300 deputados que, quanto pior, melhor para eles. Eles querem é que o governo esteja frágil porque é a forma de eles achacarem mais, tomarem mais, tirarem mais, aprovarem as emendas impositivas "!!!
A frase é do ministro da Educação, Cid Gomes, proferida durante a visita à Universidade Federal do Pará, na última sexta-feira, dia 27. A opinião não foi bem recebida pelos deputados federais, que aprovaram ontem a convocação do ministro para esclarecer as declarações.
A cúpula do governo federal também não gostou nada do confronto, justamente no momento em que o governo vem perdendo apoios no Congresso. Cid tentou amenizar, e ressaltou que falava em nome próprio, e não do governo.
O requerimento de convocação foi incluído na pauta pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a pedido do líder do DEM, Mendonça Filho (PE). Parlamentares da oposição e da base aliada se revezaram na tribuna cobrando retratação e até o cargo do ministro. A convocação foi aprovada por 280 votos. Outros 102 deputados votaram contra o pedido da oposição. Quatro se abstiveram e um se declarou em obstrução. A data ainda não foi definida pela Câmara.
“Quero que ele se desculpe aos meus eleitores e à minha família porque não sou o que ele disse”, reclamou o líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP). “Ministro mal educado e desrespeitoso. Ele não pode ser jamais ministro da Educação deste país. Nós não somos chantageadores”, atacou o líder do PSC, André Moura (SE).
O líder do PT, Sibá Machado (AC), classificou como “inevitável” que o ministro compareça à Câmara para esclarecer suas declarações. Mas pediu que o requerimento de convocação fosse transformado em convite. Para Sibá, “foi uma palavra que saiu e não volta. Foi como uma flecha lançada. A presença do ministro aqui é inevitável. Mas que ele pudesse vir aqui por convite. A convocação é uma resposta com calor da emoção”.
Aliada do governo, a líder do PCdoB na Câmara, Jandira Feghali (RJ), sugeriu que a Casa antecipe a audiência que fará com Cid Gomes, prevista para o próximo dia 19, para que ele faça uma retratação. “O ministro nos chamou de ladrão, para que ele explique em plenário quem são os ladrões desta Casa”, cobrou o deputado Laerte Bessa (PR-DF).
Líder do partido de Cid Gomes, o Pros, Domingos Neto (CE) disse que o ministro esclarecerá a declaração aos deputados na próxima semana, quando tem audiência marcada na Câmara, e, por isso, não precisaria ser convocado. “O ministro estará na próxima semana à disposição do Congresso para discutir esta questão e aquelas que são de interesse do país”, afirmou.

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