O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Joaquim
Barbosa, disse que não será candidato à Presidência, como cogitam alguns
políticos.
"Não serei candidato a presidente. Realmente não quero. É lançar-se, expor-se, a um apedrejamento" , disse à revista "Época".
Barbosa
afirmou que não tem planos de entrar para a carreira política. "Não me
vejo fazendo isso. O jogo da política é muito pesado, muito sujo. Estou
só assistindo a essa movimentação", afirmou.
Pesquisa Datafolha
feita no mês passado mostrou que Joaquim Barbosa e Marina Silva (PSB)
poderiam levar a eleição presidencial para o segundo turno.
Barbosa
teria 14% dos votos, dois pontos acima do candidato tucano, o senador
Aécio Neves (PSDB-MG), segundo o Datafolha. Marina ficaria com 17% dos
votos num cenário em que a presidente Dilma Rousseff lidera com 40%. O
presidente do Supremo disse à "Época" que se incomoda com o discurso de
partidos, como o PV e o PSB, que citam seu nome como um filiado
desejado. De acordo com ele, nenhum partido o procurou-o até agora.
"Ninguém
veio diretamente falar comigo. Fui ao Congresso, ouvi um zum-zum-zum,
está cheio de emissário querendo chegar." Barbosa afirmou que não acha
correto negociar com partidos enquanto for ministro do Supremo.
"Não
recebo ninguém aqui. Em primeiro lugar, acho que não seria apropriado
eu, como presidente do Supremo, sair por aí fazendo negociações
políticas. No dia em que sair daqui, estarei livre para fazer isso. Em
segundo lugar, não dou, nunca dei espaço para esses donos de partido
ficarem... não, nunca".
Barbosa contou que pretende se dedicar a
um projeto em defesa da igualdade racial depois que deixar o STF. O
ministro reclama que foi por conta de racismo que não conseguiu ser
aprovado no concurso do Itamaraty, quando pretendia seguir a carreira de
diplomata.
Folha de S. Paulo
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